Era o corpo de um colado no corpo do outro.
Era o corpo de um, colado no corpo do outro - e ardendo.
Eram os corpos de ambos buscando um no outro a falta de algo que não se sabia onde encontrar – agora sim.
Eram os beijos assim, disfarçados de beijos, numa busca de entender o que era vazio e que agora é transbordar.
Eram urgentes.
São urgentes porque entendem, que amor é a eternidade tentando caber numa vida tão breve. E que um segundo contava ao peso de milênios e milênios juntos. É como ter grãos demais pra pouco espaço de terra, ou uma simples regata para abrigar do frio de um inverno inteiro. É como ter flores e flores pra uma só primavera...
Por isso a pressa; e a sede do corpo de um no corpo do outro, o beijo urgente que não era beijo, mas a certeza de que tinham acabado de encontrar um no outro a parte perdida de ambos.
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Quem dera houvesse tempo o bastante pra consumir tanto amor.
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S2
Suspiros pelo meu encanto.
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