"Tenho o peito cheio, preciso gritar no branco.
Tenho as janelas fechadas desejosas de se abrirem quanto antes. Uma tormenta contida por paredes de catolina. Tenho os braços ansiosos buscando qualquer coisa tua para me agarrar e me sentir inteira. É que quando não estás aqui sou como se fosse metade. E deve ser porque é verdade isso de que foi por fúria que os deuses que nos partiram em dois, nos fizeram desenho inacabado, sem cor, sem forma. Deve ser verdade isso de que depois de partir-nos (um à um) pela metade, mandaram um furacão para dispersar as partes que eram antes uma coisa só, e que desde então, quem quisesse se pusesse ao trabalho duro de reencontrar sua própria metade perdida.
A minha paz se esconde debaixo desses fios finos que ameaçam encaracolar sobre o teu pescoço. A minha paz se esconde no teu peito, onde eu descanso a minha cabeça, onde o mundo parece tão menos perigoso do que realmente é. Aí é onde eu encontro perfeição e força, é aí que eu abasteço o meu armazém de sorrisos e reponho a minha certeza, não só de um futuro só nosso, mas também da base do dia de hoje. O sentido da escada é para cima quando se vem de baixo. E quando tu chegaste estávamos justo embaixo, cansadas, doídas. O meu corpo deixou de doer quando se somou ao teu, e deve ter sido por isso que eu segurei a tua mão e quis te levar dali. Deve ter sido por isso que as lágrimas se secaram quando eu me dei conta de que tu eras tu, e que tu eras tão eu diante de mim mesma, que eu não sabia fazer outra coisa além de sorrir, feliz da vida, instintivamente sem explicação. Era que aquela cicatriz feita pelos deuses deixaria de sangrar. Voltamos a ser tu e eu então, uma coisa só entranhada, colada, unida. "
Tenho as janelas fechadas desejosas de se abrirem quanto antes. Uma tormenta contida por paredes de catolina. Tenho os braços ansiosos buscando qualquer coisa tua para me agarrar e me sentir inteira. É que quando não estás aqui sou como se fosse metade. E deve ser porque é verdade isso de que foi por fúria que os deuses que nos partiram em dois, nos fizeram desenho inacabado, sem cor, sem forma. Deve ser verdade isso de que depois de partir-nos (um à um) pela metade, mandaram um furacão para dispersar as partes que eram antes uma coisa só, e que desde então, quem quisesse se pusesse ao trabalho duro de reencontrar sua própria metade perdida.
A minha paz se esconde debaixo desses fios finos que ameaçam encaracolar sobre o teu pescoço. A minha paz se esconde no teu peito, onde eu descanso a minha cabeça, onde o mundo parece tão menos perigoso do que realmente é. Aí é onde eu encontro perfeição e força, é aí que eu abasteço o meu armazém de sorrisos e reponho a minha certeza, não só de um futuro só nosso, mas também da base do dia de hoje. O sentido da escada é para cima quando se vem de baixo. E quando tu chegaste estávamos justo embaixo, cansadas, doídas. O meu corpo deixou de doer quando se somou ao teu, e deve ter sido por isso que eu segurei a tua mão e quis te levar dali. Deve ter sido por isso que as lágrimas se secaram quando eu me dei conta de que tu eras tu, e que tu eras tão eu diante de mim mesma, que eu não sabia fazer outra coisa além de sorrir, feliz da vida, instintivamente sem explicação. Era que aquela cicatriz feita pelos deuses deixaria de sangrar. Voltamos a ser tu e eu então, uma coisa só entranhada, colada, unida. "
.
.
.
.
.
.
Boa tarde.
saudades de você...
Nenhum comentário:
Postar um comentário